segunda-feira, abril 30, 2007


Lesera baré!*



Trapos e porcarias e coisas velhas.
Tudo colado com aquela cola que deixa a mão pegajosa.
E de repente apetece-me atirar tudo ao chão e que se lixem as palavras calmas e a atitude elegante.
Às vezes é mais difícil.
E penso nos momentos mais marcantes. E o quê que eu fui?? Marcaram-me. Mas eu não marquei nada.
Será assim tão complicado fazer parte de algum mundo que não seja só o meu?
E ponho me com tretas..e quero ser assim, e invento desculpas, teorias..
Para depois fazer sempre a mesma coisa e ter sempre a mesma cara.
Digo : Quero ser diferente! Ai rapariga..não somos todos iguais? Ou não nos guiamos todos pelas mesmas leis?
Um dia vou olhar para a mesma caixa de trapos e porcarias e coisas velhas..e vou tirar um pedacinho de paninho sujo e vou fazer uma pequena malinha ridícula. Depois vou usá-la para pôr os documentos e vou dizer k fui eu que a fiz (como me gabo sempre), e assim, aceitarei de uma só vez o que sou.
Porque é tudo um encaixar de acções e acontecimentos. É um (nr. 1) feito de dois, três e quatro.
E como não posso esquecer, tenho de ultrapassar e imaginar a menina em versão melhorada na temporada seguinte, cuja história ganha um rumo muito mais encantador.
Porque se continuar nesta neura, os poucos que me aturam pensaram duas vezes. E eu também.





* expressão popular brasileira (principalmente na zona norte) que significa parvoice, tolice, lerdice.
adjectivos - leso, lerdo,tolo, parvo.

2 comentários:

devotchka disse...

quem não quer ser diferente? quem não decide todas as semanas 'é desta que eu mudo completamente?'

mas ninguém muda. somos diferentes e não somos. e eu não vejo grandes alternativas.

mas eu sou céptica e negativa e assim.

beijinho da paula *

Anónimo disse...

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