segunda-feira, fevereiro 12, 2007




Depois de diagnosticar uma das minhas doenças mais visiveis, fiquei mais aliviada e acho que tenho cura. E agora estou mais solta. E se estou solta, aproveito para ir embora.
Vou apanhar o comboio e vou visitar uma pessoa. Vou apanhar o metro e vou visitar um amigo. E vou apanhar o autocarro para visita los. Isto porque as visitas são boas e têm de ser feitas sempre. Às vezes tenho pena de não ser mais visitante ou visitada. Às vezes temos medo de não sermos bem recebidos, ou de alguem bater à nossa porta numa altura menos boa. Mas esses medos não nos podem impedir de visitar as pessoas ou de sermos visitados. As visitas são sempre tão importantes.
Hoje não visitei todos aqueles que desejei visitar, e ainda não recebi aquela visita que tanto quero. Ontem visitaram me e fiquei um pouco chateada. Mas agora não vale a pena ficar triste, porque o que me disseram foi que as coisas acontecem na altura certa, sempre.
E se as coisas acontecem na altura certa, imagino que as minhas visitas são na altura certa e as visitas que recebo também. E se as visitas são certas, devem ser tratadas com simpatia e respeito, mesmo aquelas que custam mais a receber (ou porque trazem más noticias, ou porque não são esperadas). As visitas trazem sempre algo de bom. E aprendemos tanto com elas…
Infelizmente, existem pessoas mais hospitaleiras que outras. Existem pessoas que não percebem a importancia e a graça de uma visita. Elas decidiram que só recebem visitas boas, e que as visitas indesejáveis devem ser banidas e rejeitadas.
Uma vez, estava sozinha em casa e bateram-me à porta. Abri e fiquei muito surpreendida. Ao princípio nem quis acreditar na pessoa que estava à minha frente. E senti que não queria nada estar com ela. Mas não lhe ia fechar a porta na cara. Não me ia perdoar.Então fiz um esforço, lutei contra a minha vontade, sorri e deixei a entrar. Nesse dia conheci uma das pessoas mais bonitas da minha vida. Como é óbvio, nesse dia percebi que as grandes visitas inesperadas são as que mais nos surpreendem pela positiva! São as que mais ensinam.E não estamos aqui para aprender?
Desta forma, preciso de ir embora, e visitar mais uns quantos. Ir para outra casa, outro lugar, uma vez que já me habituei à velha vida de não ter uma casa apenas.
Porquê? Porque fico sempre feliz ao deixar um pouco de mim em cada visita que faço.




(basta acreditar nisso)

3 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Fiquei sem perceber qual era a doença.. timidez?

mariana, a miserável disse...

vê-se mesmo que nao conheces a mina rafeiro..;p
timidez nao é..
nao sei qual é a tua doença..
mas tenho a certeza acerca do teu dom, daquilo que falamos quando me disseste que havia um propósito para cada um estar aqui..
distribuis um bocadinho de ti em cada quarto em cada pessoa..
nao ficas sem esses bocadinhos, ganhas amigos daqueles que se entrenham na pele e nunca saiem..
tenho aqui a tua orelha ;p

mina disse...

lool..
pois, timidez não é.
talvez ansiedade, insegurança..
mari, o rafeiro ainda não viu a mina a dançar né?!;p

sim,..achas que tenho um dom? só se for a mistura desses amigos todos k se entrenham na pele e nunca saiem. ouvi dizer que dom é aquilo que nunca se perde.e espero msm nunca perder esses amigos que vou fazendo na curta jornada..e espero k fiques c a minha orelha guardada no bolso e que a uses sempre q precisares de desabafar. porque sei k desabafar todos precisamos muito,por isso hás de recorrer à minha orelha muitas vezes e isso faz me feliz!