quarta-feira, fevereiro 21, 2007




eu sei que às vezes me sinto perdida, ou me sinto insignificante.


eu sei que às vezes é dificil entender algumas coisas e algumas pessoas.


eu sei que às vezes penso em coisas feias e faço coisas chatas.


eu sei que às vezes tudo parece muito complicado.


eu sei que às vezes não dá para ser 90% simples.


eu sei que às vezes preciso de me mentalizar mais.


eu sei que às vezes não consigo controlar o que sinto.


eu sei que às vezes sonho coisas que acontecem.


eu sei que às vezes só preciso de um pouco de tempo.


segunda-feira, fevereiro 19, 2007



vamos dar um tempo, vamos dar.
vamos parar e ver. é tão engraçado observar...
é divertido imaginar, e ver a minha curiosidade impaciente, e as minhas teorias.
ela olhou para mim e ouviu atenta. ainda está a crescer, tão linda.
a outra disse -me: basta pedir, menina. o resto não é problema teu. é facil, não é?
eu respondi: sim, estou a pedir todos os dias. Não custa nada.
é o inicio de uma boa confiança.
ah! comi tanto, mas acho que continuo com o mesmo peso.
queria voltar porque tinha saudades, e já não conseguia mais pensar.
(ouvi a musica da tua cara, e a tua cara ficou me na cabeça.)
e foi como um alivio lento que chegava à medida que a canção seguia. nem dei atenção à letra. para quê? nada ia mudar. e eu sei que as coisas já mudaram e já tomam o seu rumo. aceito.
agora que regresso, venho com a segurança e com o descanso, venho com mais um sorriso e a esperança. sei que tudo vai melhorar. e é por isso que vamos dar um tempo, vamos esperar. vamos segurar com ternura o relógio, porque o tempo não anda mais rápido nem mais devagar.
a única coisa que ainda posso fazer é pedir, e assim vou vendo aos poucos tudo acontecer.
quieta, serena e um pouco mais livre.


segunda-feira, fevereiro 12, 2007




Depois de diagnosticar uma das minhas doenças mais visiveis, fiquei mais aliviada e acho que tenho cura. E agora estou mais solta. E se estou solta, aproveito para ir embora.
Vou apanhar o comboio e vou visitar uma pessoa. Vou apanhar o metro e vou visitar um amigo. E vou apanhar o autocarro para visita los. Isto porque as visitas são boas e têm de ser feitas sempre. Às vezes tenho pena de não ser mais visitante ou visitada. Às vezes temos medo de não sermos bem recebidos, ou de alguem bater à nossa porta numa altura menos boa. Mas esses medos não nos podem impedir de visitar as pessoas ou de sermos visitados. As visitas são sempre tão importantes.
Hoje não visitei todos aqueles que desejei visitar, e ainda não recebi aquela visita que tanto quero. Ontem visitaram me e fiquei um pouco chateada. Mas agora não vale a pena ficar triste, porque o que me disseram foi que as coisas acontecem na altura certa, sempre.
E se as coisas acontecem na altura certa, imagino que as minhas visitas são na altura certa e as visitas que recebo também. E se as visitas são certas, devem ser tratadas com simpatia e respeito, mesmo aquelas que custam mais a receber (ou porque trazem más noticias, ou porque não são esperadas). As visitas trazem sempre algo de bom. E aprendemos tanto com elas…
Infelizmente, existem pessoas mais hospitaleiras que outras. Existem pessoas que não percebem a importancia e a graça de uma visita. Elas decidiram que só recebem visitas boas, e que as visitas indesejáveis devem ser banidas e rejeitadas.
Uma vez, estava sozinha em casa e bateram-me à porta. Abri e fiquei muito surpreendida. Ao princípio nem quis acreditar na pessoa que estava à minha frente. E senti que não queria nada estar com ela. Mas não lhe ia fechar a porta na cara. Não me ia perdoar.Então fiz um esforço, lutei contra a minha vontade, sorri e deixei a entrar. Nesse dia conheci uma das pessoas mais bonitas da minha vida. Como é óbvio, nesse dia percebi que as grandes visitas inesperadas são as que mais nos surpreendem pela positiva! São as que mais ensinam.E não estamos aqui para aprender?
Desta forma, preciso de ir embora, e visitar mais uns quantos. Ir para outra casa, outro lugar, uma vez que já me habituei à velha vida de não ter uma casa apenas.
Porquê? Porque fico sempre feliz ao deixar um pouco de mim em cada visita que faço.




(basta acreditar nisso)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

"Um dia, uma turista foi a uma cidade com o objectivo de visitar um famoso sábio.

A turista ficou surpresa ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobiliário eram: uma cama, uma mesa e um banco.

- Onde estão seus móveis? - perguntou a turista.

E o sábio, bem depressa perguntou também:

- E onde estão os seus?

- Os meus? - surpreendeu- se a turista. - Mas eu estou aqui só de passagem!

- E eu também!- respondeu o sábio.

A vida na Terra é somente uma passagem,no entanto algumas pessoas vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem de ser feliz."

retirei este texto de um e-mail que recebi do meu pai. Já o conhecia e sempre achei que tinha uma mensagem muito importante. Enfim, é só para reflectirmos um pouco.

Dedico também este post a uma conhecida que faleceu ontem,dia 4 de fevereiro.